CONHEÇA MEU BLOG PAPO DE PROFESSOR...TE ESPERO LÁ!!!!
http:papodeprofessor.blogspot.com

Também estamos no Face book : "professores mediadores conectados" e " papo de professor"

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A MAIORIA DAS ESCOLAS PARTICULARES NÃO ACEITAM ALUNOS "ESPECIAIS"...

A Inclusão ainda está longe de garantir os direitos dos deficientes,especialmente aqueles que envolvem a questão intelectual,tenho um amigo "down" que apesar de ter um comprometimento intelectual mínimo foi rejeitado por muitas escolas particulares que alegaram não ter "condições" de atendê-lo,mas na realidade o que realmente está em jogo é o seu "lucro",isso mesmo, a escola privada visa apenas o lucro e um "Aluno especial" é visto como "problema" e todo problema atrapalha o lucro .  

No País a rede  pública é obrigada  por força da lei de  aceitar os alunos com deficiência,mas estas  escolas não dispõem das condições mínimas para atendê-los,ou seja,profissionais  "formados" para isso como professores e apoios para atuar na sala de aula ... falta material didático adequado...móveis adaptados...mas "rampas" tem de sobra...em São paulo a rede estadual investiu milhões em rampas , elevadores(que nem tem manutenção adequada) e salas de recursos que não atende a real demanda. Geralmente o aluno com deficiência fica fora da sala de aula ou "abandonado" em um canto da sala ...os professores  sozinhos não não tem condições de trabalhar com o aluno especial ,isso porque a lei prevê um auxiliar nestes casos , o temor do aluno especial se dá pela falta de  formação adequada ,as salas lotadas não são ambientes de aprendizagem para ne4nhum aluno e principalmente para os "especiais"...

Precisamos romper com as letras "mortas" e iniciar um grande movimento para garantir que as leis se cumpra de fato. Inclusão é coisa séria!

Escolas particulares negam matrícula a deficientes

Estatuto da Pessoa com Deficiência tenta mudar esse cenário; mulheres relatam descaso de instituições de ensino com seus filhos
Maria Aparecida Feier é mãe de Cibele, hoje com 22 anos / Arquivo pessoalMaria Aparecida Feier é mãe de Cibele, hoje com 22 anosArquivo pessoal

Cibele, hoje com 22 anos, estudou em escola particular até os seus 17 anos. Depois disso, a escola passou a exigir que a mãe, Maria Aparecida Feier, pagasse uma auxiliar que acompanhasse sua filha durante as aulas. O custo disso era quase o valor da mensalidade. "No início eu aceitei pagar porque era a única escola particular que aceitava minha filha; outras escolas do meu bairro a recusaram por ser autista", relata a mãe. 

Sem conseguir pagar pelos gastos adicionais a longo prazo, Maria tirou Cibele, que era uma aluna exemplar, da escola e a colocou em outra que trabalha exclusivamente com crianças especiais. "Hoje a Cibele vê a irmã dela e todos os amigos indo para a escola e fica triste que não pode ir junto."  

Para mudar esse cenário, Maria cursou pedagogia, se especializou em neuropsicopedagogia e trabalhou no lugar dos profissionais que sugeriram que sua filha não seria capaz de continuar os estudos sem um acompanhamento. "Deixei de ser pedra para ser vidraça, queria ver como se dava todo o processo. O que aprendi foi que não há mistérios, é possível atender a essas crianças. O preconceito está no adulto", pontua. 

A história de Maria é uma entre tantas mães de crianças com necessidades educacionais especiais que, até hoje, batalham para oferecer um estudo de qualidade para seus filhos e a oportunidade de eles estudarem com outras crianças, o que – já está comprovado - ajuda na evolução desses casos.

Edinéa Albini sentiu com mais clareza essa discriminação. Mãe de gêmeos de cinco anos, ela tentou matricular João Victor, que possui necessidades educacionais especiais, e Ana Júlia, na mesma escola, uma instituição de ponta, que ela chamou como "sonho de consumo" para a educação de seus filhos. 

"Eles me atenderam super bem, mas quando contei das condições do João Victor, disseram que eles não tinham autorização para aceitar uma criança especial. A atendente chegou a dizer que a média lá era sete e que meu filho nunca ia conseguir alcançar isso. Ela falou tudo isso sem nem conhecer e olhar para o meu filho", lembra. 

João Victor e Ana Júlia
Escola aceitou a matrícula de Ana Júlia, mas recusou a de João Victor ao saber que ele era autista (Foto: arquivo pessoal)

Como se isso já não bastasse, Edinéa ainda foi convidada para conhecer a escola se sua intenção fosse matricular a Ana Júlia. "Falaram que ela seria muito bem aceita", acrescenta. 

A mãe entrou com processo contra a escola. Um inquérito policial foi aberto e ela já teve sua primeira audiência com o diretor da instituição que, segundo ela, mal olhou em sua cara durante o processo. 

Quando não esbarram na recusa, algumas mães, porém, enfrentam problemas mesmo após conseguirem matricular os filhos. Foi o que aconteceu com a jornalista Sabrina Brognoli d’Aquino. Ela conseguiu matricular o Enzo, de oito anos, na rede privada. Com a virada do ano letivo e a mudança professores, os problemas começaram. 

Em junho de 2011, ela chegou a receber um bilhete da escola onde se lia que seu filho atrapalhava o andamento das aulas. "Isso não procedia porque a professora anterior do Enzo sempre dizia que ele era avançado para a turma dele e que os coleguinhas aprendiam com ele. Ela mesmo que relatou que chegou a mudar seu método de ensino e torná-lo mais interessante por causa do meu filho", conta.
Sabrina e Enzo
Enzo chegou a ser elogiado por uma professora, mas a escola afirmou que ele "atrapalhava o andamento das aulas" (Foto: arquivo pessoal)

Depois desse episódio, Sabrina flagrou vários momentos de descaso da escola com seu filho. O cúmulo foi quando descobriu, através de uma auxiliar que a escola a fez contratar para Enzo, que seu filho era forçado a comer quando não queria. "Notei algumas manchas no corpo dele que os professores diziam que era porque ele caia na quadra. Depois disso o tirei da escola, registrei um B.O., fiz exame de delito e denunciei a escola no Conselho Municipal de Educação. Como resposta, disseram que, como meu filho não estudava mais lá, não tinha como avaliar o modo com o qual ele era tratado. O processo, muito provavelmente, será arquivado", lamenta. 

Sabrina conseguiu matricular Enzo em outra instituição da rede privada que, segundo ela, soube trabalhar não com suas fraquezas, mas com suas qualidades. Escolas assim, no entanto, sofrem com a alta demanda de matrículas. Para melhorar a distribuição de alunos, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, sancionado em julho por Dilma Rousseff, sugere nos artigos 28 e 30 que escolas da rede privada aceitem e se adequem à educação para crianças com necessidades especiais.

Semana passada, a Associação de Pais e Amigos de Autistas (AMA) de Florianópolis divulgou uma nota de repúdio à "Carta Aberta à Comunidade Escolar" que o Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE/SC) fez e algumas escolar particulares distribuíram aos seus alunos no Estado. "A nosso ver, melhor se faria reconhecendo o trabalho de entidades especializadas, privilegiando-as, amparando-as, fortalecendo-as e lhes dando recursos suficientes (...) Os poderes públicos têm condição de transformá-los em verdadeiros centros de atendimento altamente qualificados e especializados. Impostos, aliás, não faltam", diz a carta.

Um grupo de mães se reuniu e entrou no Ministério Público conta o sindicato; o próximo passo será entrar com uma ação criminal, pedindo indenização por danos morais por conta do conteúdo da carta. A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN) também critica essa obrigatoriedade que, para as mães, é sinônimo de esperança. 

"É um ganho da sociedade civil em relação às diferenças. Acho que a primeira geração pode pagar o pato com escolas que não se preparam e vão passar a aceitar crianças especiais. Mas, sem isso, essas escolas vão se preparar quando? Chega dessa desculpa de falta de preparo, isso é preguiça. A melhor professora do Enzo não tinha curso nenhum, o que ela tinha era vontade de ensinar, ela abraçou o desafio de ganhar o meu filho e isso foi muito positivo para ele", completa Sabrina. 

Fonte : http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000773180/escolas-particulares-negam-matricula-a-deficientes.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário