Professora que sugeriu "cintada"
em aluno é afastada
O menino de 12 anos faz tratamento por problemas de déficit de aprendizado
A prefeitura de Sumaré, no interior de São Paulo, afastou do cargo a professora que teria sugerido, em um bilhete, que os pais de um aluno da Escola Municipal José de Anchieta dessem "cintadas" e "varadas" no estudante de 12 anos para educá-lo.
Por meio de nota divulgada nesta terça-feira (26), a secretaria de Educação informou que a professora ficará afastada por até 90 dias, prazo legal no qual será realizada uma sindicância para apurar o caso. O prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias. A educadora, os pais do aluno e a direção da escola serão ouvidos.
Segundo disse o pai do menino, o bilhete foi enviado no dia 12 de junho a ele e à esposa. No texto, a professora de português sugeriu: "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic). Porque não é possível que um garoto desse tamanho e idade, não consiga evitar encrecas (sic). Esqueça tudo que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as varadas".
Segundo o pai, ele e a mulher ficaram estarrecidos e foram falar com a direção da escola, mas nenhuma providência foi tomada.
— Demos o prazo de uma semana para eles nos darem um parecer sobre alguma medida, senão procuraríamos os direitos do nosso filho.
O pai contou que a psicóloga do garoto — em tratamento após passar por diversos médicos por problemas de déficit de aprendizado — foi à escola para conversar com os professores.
— Não adiantou nada em relação a essa professora. Os outros falaram do déficit de atenção, mas não de problema de comportamento. Ela (a professora) reforçou sua opinião sobre como educar meu filho.
Segundo ele, o filho— Essa professora fala na frente dos outros alunos que ele tem problema na cabeça, que ele tem doença mental. E falou na sala que ele está em tratamento. Aí resolvi tornar a coisa pública em busca de ajuda, já que ninguém tomou uma providência para evitar esse tipo de atitude.
A Prefeitura de Sumaré informou que a professora teria encaminhado o bilhete aos pais sem consentimento da direção da escola. Também informou que ofereceu acompanhamento psicológico para a educadora. A professora não foi dar aulas nesta terça-feira.o sofre bullying há ao menos dois anos.
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