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segunda-feira, 23 de abril de 2012

SÉRIE : POR UMA ESCOLA PARA DIVERSIDADE...


SELECIONEI ALGUNS TEXTOS QUE GARIMPEI NA "NET"  QUE SÃO SIMPLESMENTE MARAVILHOSOS PARA A TEMÁTICA DA INCLUSÃO.
ROSELY SAYÃO DISPENSA COMENTÁRIOS E SEU TEXTO É DIRETO E INTELIGENTE AO AFIRMAR QUE "JUNTAR" ALUNOS COM NECESSIDADES PRÓPRIAS EM ESCOLAS ESPECIALIZADAS É UM GRANDE RETROCESSO.VALE A PENA LER...



Matéria publicada na Folha de São Paulo, 10 de abril de 2012.
Somos todos diferentes
Rosely Sayão
Voltar a juntar alunos com necessidades próprias em 'escolas especializadas' é um grande retrocesso
O mundo contemporâneo é o mundo que celebra a diversidade. Construímos famílias com diferentes configurações, educamos filhos e alunos de todas as maneiras, temos escolas que praticam quase todos os métodos conhecidos (e outros nem tanto), a moda atende a todo o tipo de corpo e gosto etc.
Mas a diversidade nos incomoda tanto que acabamos escolhendo o semelhante. Mesmo sem perceber, nós procuramos o semelhante, o conhecido, o mediano. Evitamos o que escapa à média. Queremos ser diferentes, mas como a maioria.
Os mais novos, que já nasceram no mundo da diversidade, sabem conviver melhor com ela. Mas são impregnados com nossos preconceitos e estereótipos.
O fenômeno do bullying, que tem destaque enorme e por isso mesmo foi banalizado, é uma evidência da recusa da diferença. Intimidar aquele que escancara uma diferença é uma maneira de recusá-la, não é verdade?
No dia 28 de março a Folha publicou o depoimento de uma mãe que tem um filho de 16 anos com necessidades especiais. Um filho diferente da maioria. O depoimento dela deveria tocar a todos nós.
Ela nos conta sobre sua dificuldade em encontrar uma escola que aceite o seu filho como aluno.
Já conversei com várias mães que vivem a mesma situação. Seja porque o filho apresenta comportamentos que a escola não sabe como trabalhar, seja por ter um estilo de aprendizagem que exige um ensino diferente, essas mães são orientadas a procurar o que chamam de "escola especializada".
Isso quer dizer que vamos juntar os diferentes para que eles não incomodem os que aparentemente -e só aparentemente- são iguais?
E ainda temos a coragem de afirmar que praticamos uma educação que é para todos e que nossas escolas educam para a cidadania?
Em pleno século 21, estamos retrocedendo no que diz respeito à educação escolar. Voltamos a uma prática que existiu pelo menos até os anos 1960. Até aquela época, alunos diferentes eram, obrigatoriamente, encaminhados para as consideradas escolas especializadas.
Você pode ver uma bela narrativa a esse respeito no filme "Vermelho Como o Céu". Esse filme conta a vida de um garoto que ficou cego aos 10 anos e, por isso, foi encaminhado a uma escola que só atendia alunos com deficiências visuais.
Munido de muita indignação e coragem, o garoto recusou a segregação e construiu uma trajetória nessa escola que a obrigou a ver o que o garoto, cego, conseguia enxergar. Quando olhamos para o diferente e só conseguimos localizar a diferença, acabamos por anular todo um potencial. De convivência, inclusive.
Esse filme foi baseado na história real de vida de uma pessoa que se tornou um renomado profissional de som do cinema italiano. Imaginem o que teria sido a vida dele se ele tivesse se conformado com a escola especializada...
Precisamos ter a mesma indignação e a mesma coragem mostrada pelo protagonista do filme para que nossas crianças e nossos jovens que são diferentes, ou melhor, que mostram de imediato uma diferença, possam ter a mesma oportunidade que seus pares.
Eles precisam viver no mundo como ele é, viver nos mesmos espaços públicos que todos, inclusive o espaço escolar, e conviver com todo tipo de pessoa, não apenas com aqueles que também portam diferenças aparentes.
Todos somos diferentes. Se não respeitarmos as diferenças, se não aprendermos a conviver com a diferença, isso recairá, uma hora ou outra, contra nós e contra nossos filhos.
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de"Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)






OS TEXTOS DESTE BLOG( http://inclusaolasalle.zip.net/) SÃO INTERESSANTES E RETOMAM ALGUMAS QUESTÕES QUE PARECEM OBVIAS SOBRE A INCLUSÃO ...MAS QUE NEM SEMPRE SÃO TÃO OBVIAS ASSIM...VALE A PENA CONFERIR...









INCLUSÃO ESCOLAR
Inclusão não significa promover a adequação ou a normalização de acordo com as características de uma maioria e sim, a um significado de fazer parte conviver e não se igualar.
A idéia fundamental de inclusão é a de adaptar o sistema escolar às necessidades dos alunos. A inclusão propõe um único sistema educacional de qualidade para todos os alunos, com ou sem deficiência e com ou sem outros tipos de condição atípica.
A inclusão se baseia em princípios tais como:
  • a aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como um obstáculo;
  • a valorização da diversidade humana pela sua importância para o enriquecimento de todas as pessoas;
  • o direito de pertencer e não de ficar de fora;
  • o igual valor das minorias em comparação com a maioria.
O processo de socialização se dá de uma forma muito complicada,deve ser um trabalho realizado junto com todos os envolvidos no processo: pais e toda a comunidade escolar. Haverá momentos de exclusão por alguns grupos e isto deverá ser trabalhado inicialmente antes de qualquer atividade,pois é de praxe a aproximação do ser semelhante excluindo o ser diferente.


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