Professores podem ser tanto vítimas de bullying
quanto agressores
Nos dois casos, pedir ajuda é o primeiro passo para
solucionar o problema.
Não são só os alunos que sofrem e praticam bullying. Como bem diz a
definição do termo em inglês, bullying é um conjunto de atitudes de violência
física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por um
agressor (bully) contra uma ou mais vítimas que por alguma razão não têm como
se defender.
Dessa forma, no contexto do ambiente escolar, o professor tanto pode ser
a vítima quanto o agressor. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva,
autora do livro "Bullying: mentes perigosas nas escolas", o professor
se torna o agressor quando persegue, humilha o aluno com piadinhas e apelidos,
intimida essa criança/adolescente com comentários ameaçadores sobre nota baixa,
por exemplo: “Bullying é sempre uma coisa terrível quando vem de um colega, de
um outro aluno.
Quando vem do próprio professor, fragiliza ainda mais o aluno pois ele
em geral espera do seu professor uma atitude de proteção e nunca de ataque.”
A relação de poder muitas vezes deixa
o aluno acuado, com medo de pedir ajuda mas é importante que ele sinalize para
a direção do colégio o que vem acontecendo. É o primeiro passo para solucionar
a questão e resgatar sua auto-estima enfrentando as dificuldades. “Como
conseqüência, os alunos vitimados por quem deveria educá-los e até protegê-los
costumam apresentar quadros depressivos caracterizados por sentimentos bastante
negativos, sensação de grande impotência, baixa auto-estima, queda repentina no
rendimento escolar e desmotivação para os estudos”, afirma Ana Beatriz.
Uma outra situação põe a figura do
docente como vítima de bullying. São os professores que são ridicularizados,
humilhados, perseguidos ou até mesmo ameaçados por seus alunos. A pesquisa
intitulada Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mapeou bem esse cenário.
Entre os professores, as principais vítimas de bullying são os que pertencem
aos seguintes grupos: os mais idosos (8,9%), os homossexuais (8,1), as mulheres
(8,0%), os negros (7,2%) e os pobres (6,6). Nesses casos, mesmo o professor
tendo a superioridade do conhecimento, ele está em desvantagem numérica em
relação aos alunos, o que para alguns profissionais se traduz em fragilidade
frente a seus agressores. Como toda vítima de bullying, os mestres que sofrem
com isso também costumam adoecer: “O mais comum é apresentarem sintomas
psicossomáticos como dor de cabeça, taquicardia, sudorese e muita insônia. Em
casos bem mais graves, eles podem inclusive evoluir para uma situação mais
incapacitante de suas funções, desenvolvendo doenças auto-imunes ou transtornos
psíquicos”, diz Ana Beatriz.
Olá prof. Maria do Socorro.
ResponderExcluirMeu nome é Fani Moraes, sou jornalista e faço pós-graduação na Faculdade Cásper Líbero.
Estou fazendo a minha monografia sobre Professores mediadores, o bullying e a comunicação e gostaria muito de te entrevistar.
Será que a senhora pode me passar seu contato para conversarmos?
Meu e-mail é fani_moraes@yahoo.com.br
E o meu facebook é http://www.facebook.com/fanimoraes
Aguardo seu contato.
Obrigada! :)