A VIOLÊNCIA É ALIMENTADA PELO CURRÍCULO OCULTO NA ESCOLA ATUAL

Consideramos o currículo oculto como objeto de atenção e estudo, pois sem dúvidas é atualmente  um dos principais fatores que provocam a violência nas escolas públicas e privadas.

Em meu TCC do curso de Direito Educacional  fiz algumas abordagens sobre a influência do currículo oculto nos atos e situações de violência na escola ,minha intenção foi  analisar a violência na escola atual e contribuir na discussão e formação de um pensamento crítico sobre a existência de um "currículo oculto "na escola e sua relação com o aumento descontrolado da violência que está adentrando a escola atual de forma voraz e descontrolada.

A meu ver é necessário e urgente uma reflexão mais aprofundada sobre a contradição da escola atual que  que se apresenta em determinados momentos "inadaptada ao meio" e em outros "adaptada demais".

Essa reflexão é importante para entenderr o que funda a legitimidade desta situação tão contraditória, da escola atual .

Nosso enfoque na questão do currículo oculto é porque entendemos que de forma implícita ,este atua no ambiente escolar contribuindo para aprendizagens sociais relevantes como atitudes, comportamentos, valores e outras orientações sociais.

Visamos neste blog ampliar as discussões à respeito, considerando outros fatos sociais dispares que unificados no ambiente escolar ganham espaços cada vez maiores e que ultrapassam os "muros da escola" como se fosse um processo dialético, onde a violência só ganha sentido por sua continuidade e intimidade com este mesmo processo, que é justificado pela relação da escola com o meio,ou seja,com  a sociedade e a reprodução deste no interior da escola é um fato inegável.
Vamos publicar aqui vários materiais de pesquisa bibliográfica e textos selecionados sobre a atuação do professor mediador escolar e comunitário baseados nas praticas de colegas , na legislação e alguns capítulos do  meu TCC :

 "VIOLÊNCIA , CURRÍCULO OCULTO E A CONTRADIÇÃO DE UMA ESCOLA INADAPTADA AO MEIO OU ADAPTADA DEMAIS?" 

É fundamental que o professor mediador considere a importância de se  investigar de que maneira o currículo oculto influencia e cotidiano escolar e repercutem nos mais variadas manifestações de violência no interior da escola.

Nessa perspectiva, de investigação pretende-se analisar as causas da violência na escola e sua repercussão social, o papel do professor mediador, do corpo docente e gestores na superação da violência vivenciada no ambiente escolar e apontar meios que devem ser utilizados por eles para evitar os atos de violência nas escolas.

Supõe-se que os problemas e desajustes familiares interferem significativamente na geração da violência na sociedade e na escola, mas não podemos nos esquecer de apontamentos baseados em em Marx e Gramsci, dentro de uma concepção do paradigma educacional emergente, segundo estes é fundamental atentar paras os seguintes pontos:

"A educação é um sistema interconectado com os problemas conjunturais da sociedade, tanto em termos de políticas como de planejamento. Dessa forma, os objetos de aprendizagem passam a ser vistos numa perspectiva mais globalizante e multidimensional;O foco da educação é o aprendiz, e o processo educativo levam em conta suas peculiaridades, tratando-o como portador de uma natureza indivisa, traduzida em corpo, mente e espírito.

 Assim, os processos de aprendizagem são não apenas intelectivos, como também psicológicos, afetivos, emocionais, socioculturais e internacionais; As fontes de informação, de solução de problemas, de investigação e de crítica são oriundas não apenas das experiências escolares, como principalmente da dinamicidade das interações dos sujeitos educacionais com o meio ambiente, ou seja, das suas experiências de vida e do seu saber informal ou cultural.                

 Os conteúdos programáticos são apenas uma parte do saber, e se incorporam aos que os alunos já trazem da vida vivida." (Coimbra 2006)

Referência:Coimbra, D. Educação contemporânea e Currículo escolar: alguns desafios  – Revista Virtual,Candombá v. 2, n. 2, p. 67–71, jul – dez 2006 2006.